terça-feira, 21 de maio de 2013

Reinações de Phoebe Ideaphix Allen


Reinações da Phoebe (continuação): Hoje foi dia de veterinário, pet shop, comprar caixinha pra viajar. Phoebe precisa de um atestado médico e para isso ela tem que ver a Dra. Silvia, uma santa. Sua caixinha ficou pequena, ela esta com mais de metro de comprimento e seu peso na casa dos 8 kg, apesar do regime. Ela tem que dar uma volta de 360 graus na caixa ou então não viaja. O pai de Phoebe agora tem uma mini van, com amplo espaço para reinações, nos três bancos da trás e no espaço entre os bancos da frente, e, em condições normais de temperatura e pressão (lembram?, CNTP?), esse espaço seria suficiente para um daschund, animalzinho de pernas curtas, por isso, baixinho e de corpo comprido (nariz enorme). Mas não para Phoebe... Se o carro é grande é todo dela e não há coleira presa em cinto de "seguridad" que a "segure". Gemidos, grunhidos, chorinho, pequenos uivos e latidos de irritação. O local, Esplanada dos Ministérios, horário de pica, digo, de pico. Phoebe quer chegar em casa, já andou demais de carro, ar condicionado, prefere o de casa. Phoebe se solta da coleira, inicialmente passeia no banco de trás sob protestos do pai, que tenta dirigir e mantê-la na parte de trás da viatura. Phoebe se esgueira e domina o banco da frente, com o carro quase parando o trânsito na Rodoviária de Brasília. Uma mão no volante, outro na Phoebe, não há lugar para parar. Phoebe resolve investigar se o símbolo no tapete do carona é comestível. O motorista, eu, respiro aliviado, afinal passávamos em frente à CNBB, nunca se sabe... O alívio durou pouco já na altura do MRE, a criatura resolve explorar o que existe em baixo dos pedais de freio e acelerador. Pânico... tentativas de tirar a criatura com uma mão fracassam e o carro chacoalha para lá e para cá provocando a ira justa dos demais motoristas. Uma ideia surge, e se eu estalar os dedos junto ao banco do carona será que ela muda de lado, deu certo. Foi o tempo de pegar pela nuca e carregar a criatura para cima do banco do carona. Em frente ao Palácio do Planalto, talvez com medo da mão do Executivo, e do PMDB, resolveu ficar quieta nos próximos km que a levaria de volta pra casa. Bem, este missivista, já teve um cachorro que sentava no próprio cocô, outro que pulou do playground do prédio e caiu em cima de uma árvore, sendo talvez o único caso que a pacata polícia baiana teve de resgate de cachorro em árvore, e agora Dona Phoebe, senhora de tudo. Depois me perguntam porque não sou normal.

Um comentário:

Unknown disse...

E assim reina uma rainha...
A Phoebe é uma rainha solitária e excêntrica.Não importa como e nem onde, o que ele quer é simplesmente chamar a atenção do pai. E na sua linguagem e gestos diz: Estou aqui; amo você; quero atenção e carinho.
Ela não passa de uma criança.